Armazenamento de energia (BESS) no Brasil: leilão, oportunidades e como proteger seus ativos com inteligência operacional

Contexto
O setor de energia brasileiro está passando por uma transformação decisiva: novas fontes renováveis, redes mais complexas e uma pressão crescente por flexibilidade e confiabilidade. Nesse contexto, o armazenamento de energia surge como peça-chave para gestores de operações de geração, engenheiros de performance e equipes de O&M que buscam extrair valor máximo dos ativos e antecipar falhas. Neste artigo, apresentamos os avanços regulatórios e de mercado no Brasil, os benefícios e desafios para sistemas de baterias (BESS) e como a solução da Delfos pode ajudar sua operação a se diferenciar.
1. Leilão e regulação em andamento
Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou que o país realizará ainda este ano o primeiro leilão dedicado a baterias no âmbito da reserva de capacidade (LRCAP). Segundo o ministro Alexandre Silveira, esse evento “será crucial para garantir a estabilidade e eficiência do nosso sistema elétrico (…) um passo histórico para uma matriz mais limpa, segura e inovadora”.
A agência reguladora Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por sua vez, informou estar pronta para licitar projetos de armazenamento, caso o planejamento setorial assim determine — atualmente há sete pedidos de outorga ad hoc em análise.
Além disso, o MME já esteve em missão internacional, buscando parcerias e investimentos com empresas de grande porte no setor de baterias e smart grids (por exemplo, Huawei Digital Power, BYD, CATL).
Para os profissionais de O&M, performance e gestão de ativos renováveis, esse movimento regulatório representa um momento de oportunidade: estar preparado tecnicamente, ter processos de monitoramento e inspeção alinhados, e garantir que a solução de armazenamento esteja integrada à operação máxima do ativo.
2. Por que o armazenamento de energia faz diferença?
Um estudo recente conduzido pela consultoria PSR, “Accelerating the Brazilian Energy Transition: Comprehensive Energy Storage Meta‑Analysis for Brazil”, mostra que a adoção de sistemas de armazenamento, como baterias de íons‑lítio e hidrelétricas reversíveis (pumped hydro), pode reduzir o custo médio do sistema elétrico brasileiro em até 16% em 2029.
A justificativa é clara: à medida que a participação de fontes intermitentes (solar, eólica) cresce (hidro caiu de ~65% em 2014 para menos de 48% da geração nacional) o sistema elétrico precisa de mais flexibilidade, reservas e serviços ancilares para manter a confiabilidade.
No estudo, baterias modulares para períodos de até quatro horas, e sistemas de armazenamento de maior duração (como pumped hydro) foram considerados. As baterias modulares ganharam destaque por poderem ser implementadas de forma incremental e próxima aos centros de consumo ou geração variável.
Para os engenheiros de performance e equipes de O&M, isso significa:
- Possibilidade de maximizar a utilização dos ativos renováveis, reduzindo curtailment de eólica/solar.
- Melhor visibilidade sobre picos, rampas de carga, e suporte à rede.
- Necessidade de estratégias de monitoramento, manutenção e garantia de integridade do sistema de armazenamento.
Isso realça a importância de um sistema que reúna monitoramento em tempo real, gestão de alarmes, análise de perdas e previsões de falhas.
3. Desafios que as equipes devem antecipar
Apesar do enorme potencial, o setor de armazenamento enfrenta algumas barreiras importantes:
a) Modelos de negócio e remuneração
O estudo aponta que a arbitragem de mercado (armazenar energia quando o preço está baixo e despachar quando está alto) ainda não é economicamente viável no Brasil, dado que seriam necessárias diferenças de preços diários de cerca de US$ 72 /MWh a US$ 152 /MWh para baterias de quatro horas — enquanto as variações reais ficam em torno de US$ 29/MWh.
Isso exige que os serviços de capacidade, flexibilidade e anciliares sejam remunerados de forma empilhável (“stackable”) e que o papel das baterias na rede seja claramente definido.
b) Tributação e regulação
Segundo o levantamento, os sistemas de armazenamento por baterias enfrentam em média uma carga tributária de ~76 % sobre os custos, sendo os equipamentos mais penalizados em comparação à geração convencional.
No âmbito regulatório, embora a ANEEL já tenha iniciado um planejamento para o armazenamento até 2027, ainda persistem lacunas sobre: modelos de leilão, outorgas, atribuição de receita e integração dos ESS ao planejamento do sistema.
c) Operação e manutenção específicas
Para as equipes de O&M e performance, os sistemas de armazenamento requerem atenção especial:
- Monitoramento de ciclos de carga/descarga, estado de saúde da bateria (SoH) e desempenho vs. previsões.
- Gestão de alarmes específicos para armazenamento (temperatura, degradação, integração à rede).
- Visualizações e relatórios customizados que permitam entender perdas de energia, rampas e utilização máxima de recursos.
Aqui, a vantagem para quem tiver uma plataforma robusta de monitoramento de ativos é grande: o desempenho do sistema de armazenamento pode afetar toda a cadeia de geração, entrega e eficiência dos ativos renováveis.
4. Como a Delfos Energy apoia sua operação
Na Delfos, acreditamos que o futuro da geração renovável está diretamente ligado à capacidade de antecipar falhas, gerenciar qualidade de dados e extrair valor máximo dos ativos por meio de inteligência operacional. Nossa solução de BESS & Armazenamento foi projetada com foco em quem gerencia geração (COG Managers), performance e O&M. Destaque para funcionalidades como:
- Monitoramento em tempo real de sistemas de armazenamento, com acesso direto aos dados de carga, descarga, tensão, corrente, ciclo de bateria, entre outros.
- Garantia de qualidade de dados para suportar previsões de falha, modelagem de degradação de bateria e alertas antecipados.
- Visualizações personalizáveis para equipes de performance: medição de perda de energia, comparação entre geração elétrica e armazenamento.
- Gestão de alarmes e eventos para armazenamento em escala, alertando gestores de O&M sobre desvios operacionais ou riscos de degradação.
- Insights preditivos sobre falha ou degradação da bateria, previsão de energia não armazenada ou perdida, e impacto no rendimento da usina.
- Relatórios automatizados sobre a operação, personalizados para cada necessidade de persona.
- Capacidade de atender às verticais de produção solar, eólica e também hidrelétrica.
A combinação dessas funcionalidades permite que o seu time de O&M e performance gerencie de forma proativa o comportamento dos sistemas de armazenamento, integre‑os à operação principal do parque renovável e garanta que os investimentos em BESS gerem retorno real.
Na página da Delfos você pode ver como a plataforma funciona em casos reais, e como nossa solução pode ser adaptada à sua operação.
Como preparar sua empresa para o futuro do armazenamento
O Brasil está entrando em uma nova fase da transição energética, marcada por geração renovável crescente, necessidade de mais flexibilidade e a emergência do armazenamento de energia como peça estratégica. Para gestores de geração (COG), engenheiros de performance e equipes de O&M, esse é um momento decisivo: quem estiver preparado terá vantagem competitiva.
A solução da Delfos Energy oferece o suporte operacional e analítico necessário para que sua operação de armazenamento seja integrada, eficiente e alinhada à nova realidade do setor.
Converse com nossa equipe sobre como podemos apoiar sua estratégia de BESS com inteligência operacional.
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