Como o Real Decreto-Ley 7/2025 da Espanha acelera os projetos do BESS

Aqui, explicamos como o novo marco legal espanhol, o Real Decreto-Ley 7/2025, abre caminho para acelerar projetos de armazenamento em baterias (BESS), reduzindo burocracia, riscos e incertezas na operação.

Você vai entender:

• O que mudou com o novo decreto
• Por que o armazenamento por baterias se torna essencial
• Como isso impacta sua rotina operacional
• E como a Delfos já oferece soluções para esse cenário
  
  

O que é o Real Decreto‑Ley 7/2025?

Aprovado em junho de 2025, o RDL 7/2025 é uma resposta do governo espanhol à crescente necessidade de reforçar a rede elétrica e acelerar a transição energética. O decreto trata de medidas urgentes para viabilizar o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia, especialmente via baterias, e fortalecer a segurança energética do país após o apagão de abril.

O foco principal: remover entraves regulatórios e acelerar projetos de geração e armazenamento renovável.

Segundo dados da UNEF, após a publicação do RDL 7/2025, mais de 500 MW em novos projetos BESS entraram em fase de consulta pública, mostrando a aceleração imediata do mercado.

Por que ele é tão importante para projetos BESS?

O decreto trouxe mudanças práticas e diretas que tornam os projetos de armazenamento mais viáveis, rápidos e rentáveis:

• Declaração de utilidade pública para projetos de BESS, facilitando acesso a terrenos e linhas de evacuação.
• Licenciamento simplificado para usinas híbridas (renovável + bateria), com unificação dos processos de construção e operação. 
• Dispensa de nova avaliação ambiental para instalação de baterias em plantas já licenciadas, desde que dentro do mesmo perímetro.
• Prioridade no despacho de energia para sistemas híbridos, garantindo que a energia armazenada seja usada com prioridade na rede.
• Acesso à rede mais flexível: baterias passam a ser tratadas como “unidades de demanda”, simplificando a conexão.
• Mais prazo para cumprir marcos regulatórios: o famoso “5º hito” foi prorrogado, dando fôlego a projetos em desenvolvimento.

Essas mudanças reduzem o tempo de desenvolvimento, minimizam riscos legais e dão previsibilidade operacional e financeira.

O que é BESS e qual seu papel na transição energética?

BESS (Battery Energy Storage Systems) são sistemas que armazenam energia elétrica, geralmente gerada por fontes renováveis, e a disponibilizam nos momentos de maior demanda.

Imagine uma usina solar que gera mais do que o necessário ao meio-dia. Sem baterias, esse excedente seria desperdiçado. Com um sistema BESS, essa energia é guardada e usada à noite ou nos momentos em que a geração cai. 

Isso equilibra a oferta e a demanda, alivia a pressão sobre a rede elétrica e aumenta a eficiência energética.
Em um sistema mais renovável e intermitente, como o espanhol, isso faz toda a diferença.

Como isso impacta a operação de O&M?

Para quem está na linha de frente, cuidando da performance e confiabilidade das usinas, o impacto é direto:

• Menos atrasos: com licenças simplificadas, os projetos saem do papel mais rápido.
• Mais previsibilidade: o novo marco reduz as incertezas regulatórias.
• Mais dados: baterias permitem uma operação mais inteligente e controlada.
• Mais oportunidades: abertura de mercado para serviços ancilares, como resposta à demanda, modulação de tensão e frequência.
  
  

Como a Delfos apoia essa transição?

A Delfos lançou recentemente sua solução para BESS dentro da nova plataforma Delfos 4.0, já utilizada em operações na Europa.

Nossos módulos já entregues incluem:

Smart Monitoring
Monitoramento contínuo de KPIs das baterias, como:

• State of Charge (SoC)
• Depth of Discharge (DoD)
• State of Health (SoH)
• Potência ativa
• Umidade relativa
  
  

Análise histórica e comparação entre racks Identifique anomalias por container ou rack, entenda padrões e otimize a operação com base em dados.

Data Studio
Você pode criar gráficos personalizados, exportar dados e gerar relatórios de forma rápida.

Com isso, sua equipe de O&M consegue:

• Antecipar falhas
• Evitar subutilização
• Demonstrar performance real aos stakeholders
  
  

E tudo isso com uma interface intuitiva, modular e adaptável ao seu contexto operacional.

Casos reais e provas do impacto

Para um de nossos clientes da Europa, já entregamos o primeiro Go Live para BESS com integração de todos os módulos de monitoramento.

O uso da plataforma permitiu que a equipe técnica reduzisse o tempo de diagnóstico em 35% nas primeiras semanas, mesmo em um sistema com apenas um container.

Um marco para o setor e uma virada para O&M

O Real Decreto‑Ley 7/2025 é mais que uma mudança regulatória, é um convite à inovação e à eficiência operacional.

Para profissionais de O&M, ele representa:

• Menos burocracia
• Mais performance
• Mais protagonismo técnico
  
  

E com a Delfos, você tem ao seu lado a tecnologia necessária para monitorar, prever e tomar decisões mais inteligentes com seus ativos de armazenamento.

E no Brasil? Como está a regulamentação de BESS por aqui?

Enquanto a Espanha avança com o Real Decreto-Ley 7/2025, o Brasil também dá sinais importantes de amadurecimento regulatório para o armazenamento em baterias (BESS). A ANEEL está conduzindo a Consulta Pública nº 39/2023, com o objetivo de publicar, ainda em 2025, uma regulamentação específica para esses sistemas. A norma deverá tratar de pontos críticos como outorga, uso da rede, empilhamento de receitas e integração com fontes híbridas, além de evitar a bitributação de tarifas sobre o mesmo ativo.

Um marco importante foi a aprovação, pela própria ANEEL, do primeiro projeto-piloto BESS em grande escala no país: um sistema de 30 MW/60 MWh da ISA CTEEP, em Registro (SP), que já opera prestando suporte à rede de transmissão e fornecendo serviços ancilares. A expectativa do setor é que, com a publicação das regras definitivas, o Brasil abra caminho para novos projetos comerciais, integrando o armazenamento à sua matriz elétrica de forma planejada e estratégica.

Para as equipes de O&M, isso representa uma oportunidade real de diversificar operações, aumentar a confiabilidade e, sobretudo, preparar suas usinas para os modelos de energia do futuro.

Quer ir além?

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